Apresentação

O bom cinema é sempre um precioso instrumento para reflexões e aprendizados políticos e culturais. E promover reflexões e aprendizados no ambiente universitário, não por acaso, é um dos principais compromissos do PET-Programa de Educação Tutorial implementado pela SESu/MEC.

Este Blog é uma produção do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, que foi criado e é operado pelos bolsistas do Grupo PET-Farmácia/Saúde Pública da UFRJ. E, com alguns poucos filmes selecionados, se pretende estabelecer um espaço e um momento para o intercambio e a disseminação de experiências e informações sobre o universo petiano.

O egroup CINEMAPETIANO é um complemento deste Blog. Inscreva-se através do box ao lado.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O QUE VOCÊ FARIA?

4 comentários:

  1. Sinopse
    Sete executivos disputam uma única vaga em uma empresa. Eles chegam para o teste de seleção no mesmo dia em que Madri é movimentada devido a marchas de protesto contra a globalização e a política monetária do FMI, que realiza sua reunião no mesmo prédio em que estão. Logo os candidatos são informados que serão submetidos a uma seleção diferente, chamada de Método Grönhom. Nele o grupo é deixado a sós em uma sala, sendo promovidos vários testes via computador que têm por objetivo analisar a interação entre eles. De início todos acreditam ter total controle sobre seu comportamento e emoções, mas os jogos os colocam em situações-limite que, aliado ao fato de saberem estar sendo observados, os colocam em um nível de tensão insuportável.

    ResponderExcluir
  2. O filme parece querer mostrar que a ética, o respeito entre as pessoas, está acabando em função do desejo de ganho material. Prontamente o título do filme em português (“O que você faria?”) induz o público a refletir sobre suas próprias ações, talvez já prevendo a confirmação da conclusão do filme: Apesar de uma fachada de educação, quando pressionadas, as pessoas passam por cima do próximo. E este comportamento sendo apreciado pela empresa contratante mostra a atitude dela no mercado, o que não é difícil de verificar na realidade não só na relação entre organizações, grandes empresas, órgãos, mas também entre estas e seus usuários, seus funcionários. Mas, nestas relações existe uma subordinação, a corporação é maior e mais poderosa que o indivíduo. Mais uma vez surge a questão do indivíduo em um grupo, pois quem administra essas empresas e instituições são pessoas. Há quem se modifique pelo conjunto, se enquadre e talvez sobreviva e outros que não, mas isso sempre depende de cada um. No final a “mudança” foi apenas a convicção de algo existente. No filme teoricamente todos estão na mesma situação, sem desigualdade, o que tornaria o processo justo, sem contar que enquanto o processo de seleção ocorre a população protesta contra políticas existentes. Seriam então justificáveis as atitudes tomadas no filme e as similares na vida real? Todo ser discerne o certo do errado, mesmo sem leis, embora tenhamos exemplos do contrário insistimos em aplicar princípios do tipo “olho por olho”.

    ResponderExcluir
  3. Um filme muito interessante, o processo seletivo aplicado aos participantes foi muito excitante, o modo como os candidatos reagiram sobre pressão, na possibilidade de serem eles os eliminados, de terem que se defender, os palavrões, as baixarias, o nível de comprometimento e o fato de você não ter que pensar no que é "certo" e sim no que seria certo para a empresa, É um ótimo filme, serve de experiência para futuras entrevistas de emprego, é muito profundo, como você se comportaria no lugar deles? Seria mais nobre que eles? Ou faria de tudo pelo emprego?
    Ah acho que muita gente faria de tudo pela vaga, mas tem certas situações, como quando o candidato delata o outro pra secretária, dizendo que aquele era sindicalista, que em minha opinião ele foi despreparado emocionalmente, era óbvio, é obvio, que você delatar um "colega" é o mesmo fato do primeiro candidato eliminado, que delatou sua empresa, era certo que ao delatá-lo seria eliminado, caso os dois finalistas não se conhecessem a estória tomaria um rumo bem diferente, ia ser menos sentimentalismo, e mais uma leva de baixarias e tentativas de tirar vantagem da fraqueza do outro.

    ResponderExcluir
  4. Será mesmo que está valendo tudo para conseguir o que se quer? Nesse filme parece que sim. Nele vale contar segredo dos outros, ofender e mentir para não perder a chance na disputa de um possível emprego.
    Mas acho que se avaliarmos friamente, nossa realidade não tem sido muito diferente disso. Vale fazer durante a campanha eleitoral proposta impossível de cumprir visando ser eleito. Vale dar remédio de graça e assim ter boa fama e votos sem organizar de fato a saúde pública. Vale abrir vaga na universidade e dizer que a educação vem melhorando sem que os alunos tenham condições adequadas para o aprendizado. Vale enganar o consumidor para obter o melhor resultado com a venda de produtos e serviços fajutos.
    Assim, a pergunta título do filme é respondida por atitudes como as descritas acima. O que tem sido feito é mentir, trapacear e se auto favorecer.

    ResponderExcluir