Apresentação

O bom cinema é sempre um precioso instrumento para reflexões e aprendizados políticos e culturais. E promover reflexões e aprendizados no ambiente universitário, não por acaso, é um dos principais compromissos do PET-Programa de Educação Tutorial implementado pela SESu/MEC.

Este Blog é uma produção do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, que foi criado e é operado pelos bolsistas do Grupo PET-Farmácia/Saúde Pública da UFRJ. E, com alguns poucos filmes selecionados, se pretende estabelecer um espaço e um momento para o intercambio e a disseminação de experiências e informações sobre o universo petiano.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

POLÍCIA, ADJETIVO


4 comentários:

  1. Sinopse:
    Cristi (Dragos Bucur) é um policial que flagra um jovem vendendo haxixe a um colega de escola. Ele se recusa a prendê-lo, apesar do ato ser punível pela lei local. Cristi acredita que a lei irá mudar em breve e não deseja condenar o futuro do garoto com a prisão. Só que seus superiores não pensam da mesma forma.

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  2. Aproveitei para rever (e gravar para os alunos), hoje, 18/Jan/2011, no Telecine Cult. Ver... é entretenimento. Não estamos aqui tratando de entretenimento, mas de estudar o filme, dialogar com o filme, no cenário de nossas atividades em "regulação". E´ imperativo vermos o filme ao menos duas vezes. A segunda vez sempre veremos de forma diferenciada e melhor associada ao nosso cotidiano.
    Agora, ao rever, me chamou atenção o início do filme, onde Cristi também, ao "administrar" se o colega pode ou não pode jogar "fute-tênis", de alguma forma faz uma representação do papel que seu chefe vai jogar com ele, na cena final, ao cobrar definições sobre CONSCIENCIA, POLICIAL e LEI. Interessante, aí, a leitura do dicionário, destacando Policial-substantivo, mas também Policial-adjetivo (mas isto já seria outra questão, também importante, mas fora do nosso foco, neste momento).
    O "comandante" pergunta: "Sabe o que é isto que estamos fazendo aqui ? Não, não é uma reunião. É maiêutica. A legenda, em vez de maiêutica, traduziu como DIALÉTICA.
    Maiêutica é o que, não por coincidência, observamos lá numa das primeiras leituras recomendadas no Blog LEITURAS PETIANAS. Ler Menon (Diálogos de Platão), portanto, é outra fração deste nosso "projeto petiano", onde cinema petiano se imbrica automaticamente com a leitura petiana.
    Vos convoco a ver e rever o filme. A ler e reler o diálogo socrático. Tudo a ver com os conceitos e definições de nutracêuticos ou educação tutorial. Tudo a ver com as dificuldades, óbices e conflitos de nossos entendimentos e diálogos, dentro de um Grupo PET, dentro da universidade, em todo lugar. Aguardarei vossos comentários. E então volto a comentar. Ok ?
    Luiz Eduardo R. de Carvalho

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  3. O filme mostra o trabalho de vigília de um policial em três jovens, uma menina e dois meninos, que fumam haxixe, a tarefa do policial é prender um dos meninos, que supostamente fornece a droga para os outros dois amigos, mas ele não obtém provas que mostrem este menino como fornecedor, ele não obtém provas que o convençam disto, pois para seu chefe e os outros as provas são mais que suficientes, mas o policial se recusa, pois acredita que em breve a lei de seu país vai mudar seguindo a tendência da lei em mudança nos outros países e esse tipo de delito não será mais um delito, e ele não quer prender o jovem por três anos e meio e ter em sua “consciência” que estragou a vida de uma jovem por uma lei, que em sua opinião é obsoleta.

    Após muito fugir da reunião com seu chefe, pois sabe que ele reprova sua atitude, o policial encontra-se de frente com o chefe, que lê seu relatório e o manda dar voz de prisão, novamente o policial recusa-se a fazê-lo. Seu chefe mostra-se calmo e convencido de que ele fará a prisão, então em posse de um dicionário começam a tal Maiêutica (pode-se definir de forma simplória como a procura da verdade no interior do Homem), muito relutante o policial lê as definições de Consciência, Lei e Moral.

    Confrontado com as definições da sociedade versus seu eu interior, versus sua definição própria para algo que chama de “Lei moral”, lhe resta à decisão dada por seu chefe de certa forma implícita: De prender os jovens ou perder o emprego, e o policial então opta pelo mais sensato para a maioria das pessoas, prende-los.

    O que se pode entender da trama do filme e seu desfecho: Talvez que idéias e conceitos morais sejam realmente algo próprio, mas não existe apenas a sua consciência, existe também a consciência coletiva, e esta está escrita em forma de leis e regras que devem ser seguidas, pois é certo em parte que todos nós pensamos entender perfeitamente a moral e a ética, mas também não acham isso os loucos? Então para que não se instaure o “caos”, como disse o chefe de polícia, as leis devem ser obedecidas.

    Talvez o filme queira também mostrar as frustrações que às vezes sentimos pelo simples ato de viver em sociedade, e que às vezes não podemos fazer nada a respeito.

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  4. Quando se deseja saber o significado de uma palavra o comum é buscá-la no dicionário.Lá a palavra polícia tem várias definições sobre “prevenir, assegurar, manter ou restaurar a ordem, a tranqüilidade, a segurança e a liberdade pública e individual”.Mas lá não se explica COMO.Prevenir e manter a segurança..Mas como?Isso não está definido e não é muito bem conhecido a não ser pela própria polícia em seu treinamento (que é constantemente questionado). De qualquer forma o policial é uma pessoa que pensa e toma decisões sobre suas ações, inclusive decisões morais. Mas será que cabe ao policial interferir na realidade segundo a sua consciência?E as leis a serem cumpridas?
    Isso me faz pensar na universidade e no PET, as pesquisas observacionais, experimentais, qualitativas e quantitativas...Os questionários e as entrevistas, as opiniões e definições, os casos...

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