Apresentação

O bom cinema é sempre um precioso instrumento para reflexões e aprendizados políticos e culturais. E promover reflexões e aprendizados no ambiente universitário, não por acaso, é um dos principais compromissos do PET-Programa de Educação Tutorial implementado pela SESu/MEC.

Este Blog é uma produção do LabConsS - Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde, que foi criado e é operado pelos bolsistas do Grupo PET-Farmácia/Saúde Pública da UFRJ. E, com alguns poucos filmes selecionados, se pretende estabelecer um espaço e um momento para o intercambio e a disseminação de experiências e informações sobre o universo petiano.

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

GARAPA


4 comentários:

  1. Sinopse:
    De acordo com a ONU, mais de 920 milhões de pessoas sofrem de fome crônica ao redor do planeta. Para entender o real significado do problema busca-se acompanhar de perto como é a vida destas pessoas, tendo por base o cotidiano de três famílias do estado do Ceará.

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  2. O filme foi feito para deixar quem assiste cheio de sentimentos desde a agonia pelas cenas de miséria e a situação em geral a raiva de si mesmo pelos exageros de consumo e desperdícios diários que cometemos ou mesmo simplesmente por termos tão ao alcance tantas opções de comida e demais benefícios.Mas acho que não é como Stephen King que lemos para sentir medo, nojo e sabemos que o final é sempre trágico.Faltou no filme uma proposta de discussão do histórico, dos motivos e responsáveis por tanta miséria e muito menos de possíveis soluções, alternativas ou mesmo esperanças de melhorias.Já que o que se passa não saiu da imaginação de um escritor, mas é a realidade de muitos seres humanos.Por que não dar nome aos bois?Fazer uma pesquisa abrangente e, conseqüentemente, confiável sobre a fome no Brasil em vez de usar 3 famílias.Acho que porque o que chama a atenção e choca não é falar de centenas de pessoas que pode ser difícil de ser enxergado por nós.Por isso não se gasta ajudando quem realmente sente fome com Bolsa Família e para os outros se investe através de instrumentos para que se sustentem sozinhos.

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  3. Ao ver Garapa, diversos sentimentos são misturados. A vergonha por reclamar de situações da vida que nunca, nem de longe, se aproximaram do que é mostrado no filme. Impotência por não ter formas de ajudar nas necessidades básicas das pessoas que passam por essas dificuldades e Tristeza por saber que para melhorar essa situação tem que haver muita vontade e planejamento dos nossos governantes, o que não vem ocorrendo efetivamente.
    O filme mostra uma realizada dura onde a fome é a protagonista, mas que os coadjuvantes como falta de moradia decente, falta de água e esgoto, falta de educação básica e falta de emprego participam ativamente do que é mostrado. Com todo esse elenco forma-se um ciclo onde os pais de família de hoje foram as crianças famintas e subnutridas de poucos anos atrás.
    Vemos entre outros relatos o de um homem de aproximadamente trinta anos que declara que nunca na vida fez três refeições no mesmo dia, uma mulher que não tem nenhum documento e por isso nem os projetos sociais podem a amparar e que chora por ouvir o filho pedir comida e não ter nem água com açúcar (garapa) para dar. A pergunta que fica é se não chegou aos olhos das pessoas que detém o poder esse filme, ou se comoção e vergonha são sentida apenas por um determinado grupo de pessoas?
    Ainda que no próprio filme seja visto a existência de projetos socias que auxiliam essas pessoas fica claro que eles não eles estão sendo suficientes. E ai? Fica por isso mesmo? Deixamos essas pessoas morrerem de fome? Acho que não. Devemos tentar fazer a nossa parte que nesse caso deve ser cobrar dos nossos governantes dignidade para esse grande grupo de pessoas deixadas a margem.

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  4. Desinteresse governamental;
    Fome;
    Miséria;
    Desnutrição;
    Doença;
    Morte.

    Quadro muito conhecido no Brasil, na África, Ásia... no Mundo, O que é possível fazer para amenizar o sofrimento dessas Milhões de famílias? Realmente, faltou no filme uma discussão sobre o assunto, mas acredito que a intenção de Padilha foi que nós mesmos refletíssemos sobre uma solução.

    Quem pode não por a mão no peito e refletir, se sentir culpado, ou pelo menos, inadimplente, demos sorte de nascer com o que nascemos, podia ser "você" lá, tomando Garapa, ou biscoitos de sal e lama, como no Haiti. É difícil criticar o governo, se eu também não ajudo, também não faço nada, mas algo precisa ser feito, a miséria e o sofrimento de toda essa gente é um peso muito grande, que todos nós em nossos computadores, refletimos e debatemos, mas nada fazemos... Tenho vergonha de mim mesma, mas não sei como posso fazer a diferença, a única arma que penso que tenho é o voto consciente, vamos tentar pra ver se algum político com consciência social assume o poder, e tenta melhora o quadro do nosso país, mas vai precisar ter muita coragem, para lutar contra os interesses de quem tem o poder.

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